quinta-feira, outubro 06, 2011

Senhores Por favor, idosos e crianças primeiro!


Da janela do meu quarto vejo quatro pessoas no playground do prédio onde moro. Uma garotinha de uns quatro anos, um velhinho de aproximadamente 75 e duas jovens babás na flor da idade. Um delas cuida da criança, a outra do idoso. A menininha no auge da sua inocência, apenas começando a vida, e o senhor no final do ciclo terrestre, esperando o dia de... partir. Os dois necessitam de cuidados especiais. Uma garotinha e um velhinho!

Se pararmos para pensar, precisamos das pessoas, mas passamos grande parte das nossas vidas, principalmente da adolescência até a fase adulta, achando que somos auto-suficientes. Quando começamos a andar com os nossos próprios pés, adquirimos uma boa e estável situação financeira, dotamos de uma boa saúde, acreditamos que temos tudo. Que somos o senhor de todas as coisas, conquistamos as ferramentas necessárias para não depender mais de ninguém.

Mãe? Pra quê mãe? Já me amamentou, trocou minhas fraldas, me pagou um bom colégio e faculdade, para quê mais? Pai? Ahhh...já foi aos meus torneios de futebol, deu conselhos sobre a vida, ensinou algumas coisas sobre as garotas, deu alguns trocados quando precisei, para quê mais? Amigos? São legais, me rendem boas risadas, mas também acho que posso me virar sem eles. Esposa? Filhos? Muito importantes, mas não dependo deles, dependo?

Enfim caro amigo, por muitas vezes na fase adulta, caímos na mera ilusão de acreditar que não precisamos de ninguém e que nunca mais iremos precisar. Maaaaaaaas, como o mundo da voltas e a vida ensina. Logo vem uma doença, uma decepção amorosa, uma dificuldade financeira, e ai sim, lembramos dos parentes, amigos e todos aqueles que podemos contar.

Agora, voltando a situação da menininha, das babás e do senhor, ressalto que já fomos crianças e que, se Deus permitir, seremos idosos um dia. Quando pequenos sonhamos em ter mais idade, quando crescemos, escondemos os anos. Pintamos o cabelo, fazemos plásticas, nunca nos assumimos como somos. Todo o tempo nos julgamos melhores do que as crianças e sempre achamos que jamais seremos aqueles velhinhos ranzinzas. Eu fico com a pureza da resposta das crianças e com a sabedoria dos meus futuros cabelos brancos.

Bruno Sales

terça-feira, outubro 04, 2011

Sanidade de um Louco

Uns desconfiam, muitos têm certeza. Alguns me disseram, outros ficaram com vergonha. O que todos já sabem há um bom tempo é que sou louco. Quer vê só? Nunca te falei ou escrevi algo que te fez viajar na maionese? Te tirou um pouco do chão e te levou para um outro mundo? É isso, exaamente isso. Percebi que tenho pensamentos e ideias que não são de uma pessoa normal. Vejo e levo a vida de uma forma que foge dos padrões sociais. Mas e aí? Boa pergunta! Me interno? Tomo remédio? Procuro uma religião? Vou ao psicólogo? Psiquiatra? Psicoterapeuta? O que fazer?


É complicado, cara. Muito complicado! Você não tem noção do que passo por ser assim. Não é fácil ser diferente. Pensar no amor, enquanto eles sonham com dinheiro. Viver o presente, sem depender do futuro. Driblar o lado cruel das pessoas, garimpando o que cada uma tem de bom no coração. Dar risada das minhas lágrimas, chorar com as minhas risadas. É louco, eu sei, simplesmente louco! Mas o que é ser normal nesse mundinho insano? É nascer, crescer, estudar, descolar o diploma, conseguir um emprego, ganhar dinheiro, casar, ter filhos, educá-los, sustentá-los, envelhecer e morrer? Ok, tudo bem! É o normal, a lei natural da vida. Concordo plenamente com todos. Mas será mesmo que a vida é só isso? Apenas serei e farei isso da minha história? Ah, cara! Acho tudo isso um grandessíssimo desperdício das horas de vida que me foram concedidas.


Mas tudo bem, tudo bem! Sou um louco! Já estava até me esquecendo desse detalhe. Vou me tratar, mas será que devo? Oonde está o Loucomêtro? Alguém poderia me mostrar? Qual o meu grau de insanidade? Está acima do de todos? Baseado em que medem isso? Ahhhhh...Querem saber de uma? Não vou me tratar coisissíma nenhuma. Sou feliz como sou, sabiam? Não quero ser igual a todos, que chato isso! Segui-los e imita-los só ira me levar onde eles chegaram. Quero ir além, atravessar o céu, desafiar o mar, brincar com o vento, namorar a lua, me dourar com o sol, colecionar estrelas, beijar na chuva. Pois é, agora quem apenas desconfiava da minha loucura pode ter certeza né? Cada ideiazinha que desafia a sanidade humana.


Mas quem são vocês para me julgarem louco? Quem sou eu para achá-los normais? Na verdade, quem somos nós para dizer se alguém tem ou não um parafuso a menos? Pela roupa que ele usa? Pelas coisas que ele fala? Pela mulher que ele ama? Pela caixa de fósforo, que ele arrasta por uma corda, jurando ser um cachorro? Ah amigos...quem somos nós para nos julgarmos sãos? Quantas loucuras já não fizemos? E que graça teria a vida se não tivéssemos nos permitido fazé-las? Quantas bobagens já não pensamos? Quantas não foram as vezes em que jurávamos que estávamos certos mas mudamos de idéia? Pois é loucos amigos, cada cabeça é um mundo e cada coração um universo. Já dizia o sábio poeta: “Cada um sabe a dor e a alegria de ser o que é”. Ninguém é o que é por acaso. Então, vamos nos entender e nos respeitar mais, visitando o mundo e o universo de cada um. Não esqueçam: só os loucos sobrevivem!



Bruno Sales

domingo, outubro 02, 2011

Eu voltei...agora é pra ficar!


Nada como um domingo de folga, com o corpo descansado, a mente tranqüila e o coração radiante. Momento oportuno para retomar as postagens aqui no blog. Agradeço o incentivo de amigos e o carinho de todos. Acredito que tenho muito a dizer, muito do que vivo, do que assisto, do que leio, do que respiro, inclusive do que reporto. Se quiser ler ou ouvir, sinta-se a vontade!

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